Em dois dias eu devorei o livro da @garbindaiana (Fazendo as pazes com o corpo) e pude refletir muito! Lembrei de cada atendimento em que algumas pacientes relatavam sintomas parecidos com os que a Daiana comenta no livro. Ela tinha transtorno alimentar e não sabia. Passou uma boa parte da vida odiando o seu corpo (mesmo sendo lindaaaaa). Com o relato dela deu pra me colocar no lugar e ver como essa doença é triste (sim, transtorno alimentar é doença e precisa de tratamento, se você tem algum sintoma pesquise mais sobre isso e procure ajuda).
E eu lembrei de como as pessoas chegam pra mim na primeira consulta querendo uma revolução. Querendo um milagre. Querendo um corpo novo, porque muitas vezes se odeiam como estão. ㅤ
E pude ver como eu tenho muito trabalho pela frente! Porque o meu trabalho não é só dizer quantas calorias tem uma maçã. Meu trabalho não é dizer se requeijão pode comer ou não pode comer. Meu trabalho é enxergar o coração do paciente que está na minha frente. Porque ele está com compulsão alimentar? Porque não consegue se olhar no espelho? Porque não se aceita? Porque ele é tão gentil com os outros e tão cruel com ele mesmo? Sim! Nutricionista tem que entender também o que se passa, entender comportamento, entender como fazer com que o paciente enxergue o que ele precisa mudar. E quando os resultados aparecem, quando o paciente diz: "estou entrando naquela roupa que não usava mais porque tinha vergonha" são como palavras mágicas. ㅤ
Meu objetivo principal além de melhorar a qualidade de vida do paciente que me procura é devolver a autoestima à ele. Devolver o amor a vida! O amor ao corpo! O amor que se esconde através de uma alimentação saudável. A minha missão é ajudar as pessoas a enxergarem como são lindas, apesar da celulite, apesar da estria, apesar da gordurinha localizada.